Os desafios climáticos levam-nos a procurar soluções inovadoras para em pouco tempo, conseguirmos alcançar as metas estabelecidas pela UE, antecipar acontecimentos, permitindo assim ajudar os agricultores na tomada de decisões mais táticas para as suas culturas e investimentos.
A utilização das imagens de satélite em prol do setor agrícola conta já com perto de 50 anos, desde que o primeiro satélite do programa Landsat da NASA começou a enviar imagens de volta, em 1972.
Embora a utilização de imagens de satélite no sector agrícola não seja novidade, até há pouco tempo a utilização dessas era relativamente limitada. Isto devia-se em parte a problemas com a resolução e frequência destas imagens, mas também a uma incapacidade de assimilar esse volume de dados potencialmente valiosos nas operações quotidianas de uma exploração agrícola típica.
É certo de que a agricultura é um dos principais setores que contribui para a crise climática. Por isso, é também por aqui que devemos começar a minimizar as emissões que contribuem para este problema. À medida que a indústria e os governos se deparam com acontecimentos novos, perturbadores e globais, necessitam também de novas ferramentas para reduzir o risco, maximizar a vantagem competitiva, medir e reportar.
As imagens de satélite são um aliado da agricultura pois fornecem dados quase em tempo real, conseguem cobrir uma grande área num curto espaço de tempo, eliminam a necessidade de uma dispendiosa recolha manual de dados e o potencial de erro humano.
A empresa Planet, por exemplo, é um fornecedor líder a nível mundial de imagens de satélite. Estes dados foram sendo aprimorados e atualmente são capazes de ser integrados em todas as inovações que ocorrem numa quinta. Saiba mais em: https://www.planet.com/
Atualmente, a integração de dados geoespaciais está constantemente aliada a uma série de soluções inovadoras que ajuda a agricultura global a trabalhar de forma mais inteligente e sustentável. Existem já vários exemplos de empresas que fornecem imagens de satélite combinadas com dados integrados, que permitem estas soluções inovadoras.
Por exemplo, o geoFootprint foi desenvolvido recentemente pela Quantis, uma empresa Suíça, com o apoio do EIT Climate-KIC. Esta é uma das ferramentas que utiliza imagens de satélite combinadas com parâmetros ambientais e permite aos utilizadores visualizar a pegada ecológica das suas culturas. É necessário conhecer o impacto que as culturas têm ao nível da pegada ecológica para, assim, se poderem alterar práticas e minimizarem problemas. Saiba mais em https://geofootprint.com/
Também o Grupo Syngenta, em pareceria com diferentes empresas, já utiliza imagens de satélite para desenvolver plataformas que permitem a proteção de culturas agrícolas, regulação do risco climático, gestão financeira – pois permite perceber a dinâmica de parâmetros como a água e assim tomar decisões, entre outras. Saiba mais em https://www.syngenta.pt/
EOfactory.ai desenvolveu uma gama de soluções específicas que podem ajudar a avaliar o zoneamento de terras e a adequação dos locais de cultivo, monitorizar a saúde das culturas, prever rendimentos e estimar a produção e a área de cultivo, bem como avaliar os níveis de danos nas culturas. Saiba mais.
Pasture.IO é outro exemplo real de como as imagens de satélite podem funcionar com outras tecnologias para responder a um desafio agrícola específico. A plataforma de gestão de pastagens nasceu na tentativa de substituir o instinto tradicional utilizado pelos agricultores na gestão de pastagem do rebanho, por uma abordagem mais científica. Saiba mais.
Estes são alguns exemplos que mostram que as imagens de satélite combinadas com dados integrados, são o caminho para o futuro pois contribuem positivamente para o setor agrícola, apoiando ou mesmo eliminando o peso diário da tomada de decisões sobre os agricultores, o que lhes permite uma exploração mais eficiente e adoção de práticas ambientais sustentáveis.
Saiba mais aqui.
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