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Foto do escritorSílvia Moreira

O Projeto OakFood

Atualizado: 27 de nov.

Portugal é um produtor excecional de bolota devido ao seu extenso Montado, estimando-se que as árvores do género Quercus representem cerca de 36% de toda a floresta nacional. Apesar do registo histórico do consumo de bolota em todo o Mundo, e no caso português com registos contemporâneos de consumo tradicional em algumas regiões, apenas a bolota de azinheira (Quercus rotundifolia) se encontra listada como sendo um alimento autorizado para consumo humano pela European Food Safety Authority (EFSA).  


O projeto OakFood pretende a valorização integrada da bolota enquanto matéria-prima portuguesa para o desenvolvimento de produtos de valor acrescentado, enquanto alternativas sustentáveis e de cadeia de curta, para a indústria alimentar. O consórcio, liderado pelo Food4Sustainability CoLAB, conta com a participação de 7 empresas do setor alimentar (LandraTech, Arcadia International, Equanto, Pepe Aromas, Javalimágico, AgroGrIN Tech e Purenut), e ainda com a Universidade Católica Portuguesa do Porto, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro em representação do Pólo de Inovação de Viseu, a Confederação Nacional da Agricultura e o Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos). 


Os principais resultados obtidos pelo projeto OakFood são (1) o desenvolvimento de uma rede nacional de produção de bolota de sobreiro, carvalho e azinheira, através da disseminação de um inquérito dirigido a todos os produtores e posterior análise de dados e divulgação da base de dados; (2) o estudo e otimização de protocolos, incluindo a análise da escalabilidade para desbloquear a capacidade de abastecimento contínuo, e a uniformização de todas as etapas da cadeia de valor, desde a colheita ao processamento e transformação, de modo a garantir que a bolota final é aquela com a melhor qualidade possível; (3) o desenvolvimento de novos alimentos inovadores com potencial de exportação, com a incorporação de ingredientes derivados de bolota para produção de farinhas, granolas, manteigas, bebidas e infusões; e (4) o desenvolvimento de dossiers técnicos com o objetivo de obter autorização para consumo de bolota de sobreiro e de carvalho. Será ainda criada uma estratégia de marketing e comunicação, focada em mercados emergentes nacionais e internacionais, sustentada por uma avaliação do impacto social, económico e ambiental da cadeia de valor em construção. 

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