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Vamos falar sobre Agricultura Regenerativa

Os Webinars estão de volta à Academia F4S. No dia 24 de março arranca o primeiro ciclo de Webinars sobre Agricultura Regenerativa.



Em 1983, Robert Rodale, um dos pioneiros nesta prática, definiu a Agricultura Regenerativa como "aquela que, a níveis crescentes de produtividade, aumenta a base de produção biológica da terra e do solo. Tem um elevado nível de estabilidade económica e biológica incorporada. Tem um impacto mínimo ou nulo sobre o ambiente para além dos limites da exploração agrícola ou do campo. Produz alimentos isentos de pesticidas. Proporciona a contribuição produtiva de um número cada vez maior de pessoas durante uma transição para uma dependência mínima de recursos não renováveis".


Somos todos responsáveis e estamos intimamente ligados aos alimentos que consumimos e, por isso, é uma necessidade crescente alcançar uma alimentação de melhor qualidade. No entanto, não podemos ter alimentos de qualidade se o solo não estiver em boas condições e for capaz de servir de lar para plantas e microrganismos.


No passado, a intensificação da agricultura, a consequente utilização massiva e insustentável dos solos e a elevada utilização de fertilizantes, herbicidas e inseticidas levaram à perda de biodiversidade do solo, resultando em culturas e produtos alimentares de baixa qualidade.


Atualmente é essencial reverter estes efeitos. Precisamos de assegurar formas mais sustentáveis de preservar os bens naturais, especialmente aqueles tão cruciais como a fertilidade e a vida do solo e trabalhar em conjunto para promover um setor alimentar inovador e empreendedor.



Segundo o EIT Food, a principal iniciativa europeia de inovação alimentar com a qual o F4S tem vindo a trabalhar, “a agricultura regenerativa dá-nos a oportunidade de melhorar a qualidade alimentar, proteger a subsistência dos agricultores, e salvaguardar a terra de que dependemos. É um sistema lucrativo e sustentável que faz sentido tanto para os agricultores como para os amantes dos alimentos”. Adicionalmente, afirmam que “ao trabalhar em conjunto com a natureza, podemos produzir alimentos mais nutritivos, culturas mais resistentes, enquanto teremos menos água desperdiçada. Além disso, podemos parar ou mesmo inverter as alterações climáticas se os solos do mundo armazenassem apenas 0,4% mais carbono todos os anos, isso poderia compensar todas as emissões de CO2 feitas até à atualidade.”


Neste primeiro ciclo de webinars falaremos sobre a importância da agricultura regenerativa e como esta prática pode influenciar a saúde do solo, enquanto destacamos os mais recentes avanços tecnológicos e os desafios ainda por ultrapassar nesta área de investigação.


Os Webinars têm lugar às quintas-feiras, das 16h00 às 17h30 (hora de Lisboa). Guardem as seguintes datas nos vossos calendários:

  • 24 de março "Discussão teórica - definição, pode substituir a agricultura convencional"?

  • 31 de março "A agricultura regenerativa na prática - as realidades da UE e de Portugal"

  • 7 de abril "Capacitar os agricultores para a agricultura regenerativa"


Passa, pois, os fugazes momentos que te restam num espírito consentâneo com a Natureza, e parte satisfeito. Como a azeitona cai quando está madura, abençoando o chão de onde brotou e grata à arvore que a gerou.” - Marco Aurélio, Meditações. Procuremos que a natureza tome o seu tempo a regenerar, algo que já faz naturalmente, mas que, pelas práticas agrícolas severamente instituídas, deixou de fazer.


Mais informações e inscrições aqui.

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